Acredita-se que os afrodisíacos tenham surgido na Grécia Antiga, quando os gregos cultivavam Afrodite – a deusa do amor, da beleza e da fecundidade – com cerimonias e rituais especiais, nos quais eram ingeridas poções do amor, na esperança de que aumentassem o vigor e o prazer sexual.
Ervas, flores e especiarias regidas por Afrodite (Vénus, para os romanos) eram usadas como ingredientes no preparo dessas poções e, com isso, ganharam a fama de “afrodisíacos”.
A cultura popular de povos do mundo todo tem muito a contar sobre seus afrodisíacos. A respeito desse assunto, daria para escrever um livro, mas a intenção aqui é mostrar algumas curiosidades que relacionam esse assunto a plantas e flores. A ciência ainda enfrenta muitas dificuldades para comprovar as propriedades verdadeiramente “excitantes” dos chamados afrodisíacos. Certas linhas de estudo defendem que o mecanismo que desperta o prazer nos humanos é resultado de uma série de estímulos recebidos por meio dos sentidos (olfato, tato, visão, paladar e audição) somados a uma boa dose de fantasia.
Seja pelo perfume, pelas substâncias quando ingeridas, pelo óleo usado em massagens, em banho, o que interessa é despertar os sentidos como um todo.
Cheiro e Emoções
Como um cheiro pode despertar emoções? Estudos comprovam que isso é possível e muito mais: o cheiro penetra pelo nariz e as células olfativas captam as moléculas aromáticas por meio de cílios, enviando impulsos nervosos para o sistema límbico (originalmente conhecido como “rinencéfalo”, é a parte do cérebro que regula a atividade senso-motora e é responsável pelos impulsos mais primitivos, como fome, sede e sexo).
Quando os impulsos nervosos chegam, o sistema límbico reconhece as moléculas aromáticas e as identifica. É por isso que certos cheiros afetam o nosso humor e despertam emoções. O sistema límbico passa a informação sobre o aroma para o hipotálamo, que a reenvia para a hipófise. Daí essa informação vai para as outras glândulas e influencia a atividade imunológica, o batimento cardíaco, a produção de enzimas e hormonas (inclusive as hormonas sexuais).
Óleos: As Essências das Plantas
Os óleos essenciais são obtidos a partir de flores, folhas, cascas, raízes ou frutos e correspondem a, no máximo, 6% da planta. A qualidade de um óleo depende de uma série de fatores: da procedência da planta, do método de extração e de como é armazenado, por exemplo. Sem falar que até o clima, a altitude, o tipo de solo e a forma como a planta foi colhida podem afetar a qualidade do óleo.
Os óleos essenciais aplicados na pele penetram pelos poros e vão para os vasos sanguíneos que irrigam a derme. Depois, seguem para a corrente sanguínea, o sistema linfático, os músculos e os órgãos. Para ser aplicado em massagem, o óleo essencial deve ser dissolvido numa base de óleo vegetal, na seguinte proporção: 2 a 3 gotas de óleo essencial para 1 colher (sopa) de óleo vegetal puro ou combinado.
Os banhos aromáticos podem ser considerados afrodisíacos de acordo com as essências, ervas ou flores utilizadas. Na banheira, os aromaterapeutas recomendam diluir na água morna uma dose de um chá bem forte feito com a erva escolhida, ou pingar algumas gotas do óleo essencial.
Para um banho com flores, é possível simplesmente misturar algumas pétalas da flor escolhida e pingar algumas gotas de um óleo com o seu aroma.
Para banhos de chuveiro, pode-se despejar no corpo, após a o duche, uma dose de um chá feito com a erva escolhida (bem concentrado) ou borrifar no corpo um pouco do óleo aromático, espalhando-o com uma esponja macia.
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